FAQ

• Rodas

  O material de produção das rodas influencia na temperatura atingida pelo pneu com o passar das voltas. O magnésio é mais poroso que o alumínio e possui maior tolerância ao calor, mantendo a temperatura dos pneus mais constante. Já as rodas de alumínio propiciam um aumento da temperatura, com o conseqüente crescimento da pressão interna durante uma corrida, fatores que devem ser levados em considerações na fase de enchimento dos pneus. O uso de parafusos de segurança nas rodas, obrigatório nas competições internacionais, é extremamente aconselhável em situações onde se utiliza pressões abaixo de 13 PSI. Esses parafusos exercem uma função anti-descolante e são extremamente indicados especialmente em circuitos com curvas de alta velocidade e onde o asfalto encontra-se muito emborrachado. A variação da geometria e dimensões das rodas também influencia diretamente no desempenho dos pneus.

• Segurança

  * Somente pessoas treinadas devem realizar a montagem dos pneus, utilizando equipamento de segurança (óculos) e observando as precauções necessárias.
  * Nunca encha o pneu além da pressão máxima sugerida pelo fabricante. Se você tiver dificuldades na montagem de um pneu, desmonte-o e repita o processo, observando se não há nenhum problema com a roda. * Nunca fique próximo de uma roda durante o processo de enchimento. Em caso de explosão, pedaços da roda podem causar ferimentos. * Certifique-se que os pneus estão devidamente montados na roda após o enchimento, verificando se não há vazamentos. Isso pode ser feito com sabão neutro, para observar a ocorrência de bolhas de ar, especialmente em volta da válvula. *Antes de uma prova, certifique-se que o pneu não apresenta nenhum corte, furo ou anomalia na borracha, especialmente em tratando-se de um pneu já utilizado em uma corrida anterior.

• Ferramentas

  Kit para montagem e desmontagem

  *Aconselha-se aquisição de alguns equipamentos de grande utilidade para a montagem e desmontagem de pneus: máquina de desmontar pneus, removedor de válvulas, cinta ou faixa metálica, suporte para balanceamento, sabão neutro para auxiliar na montagem, manômetro, além, naturalmente, do ar comprimido a disposição.

• Desmontagem

  Instruções de desmontagem

  Para esvaziar completamente o pneu você pode remover a válvula, que está no interior do ventil, utilizando um desmonta-válvula, pequeno e útil equipamento, no qual a ponta apresenta um encaixe que vai preso na válvula. Também é possível tirar o ar interno simplesmente apertando a válvula, considerando a quantidade de ar no interior, mas é mais demorado.
  
  Em algumas rodas, sobretudo as de magnésio, usadas nas competições importantes, na proximidade da borda externa, na posição radial de 120°, existem três parafusos fixos com a função antidescolante. Estes parafusos são quase indispensáveis nos casos de velocidades elevadas em percursos de curva e baixas pressões de enchimento. Sem eles podem ocorrer deformidade da lateral do pneu com o risco de separar o talão da roda.
  
  É necessário desparafusar quase completamente, tensionando para não fazer protuberâncias no interior do canal da roda, a fim de não criar obstáculos para a descolagem do pneu. Logo após, posicionar a espátula da máquina sobre a lateral do pneu, perto da banda da roda e pressionar a mesma em diversos pontos até destacar o talão do pneu da borda da roda. Depois de desvirar a roda na máquina de desmontar, repetir a operação, sempre prestando atenção para não amassar as bordas da roda.
  
  Comprime-se a banda de rodagem para a parte externa, procurando virar do avesso as costas do pneu para o interno até a metade da circunferência (fig. 1), com uma mão, segurar a roda e dobrar o pneu na parte de cima. Com a outra mão, forçar a roda para dentro do pneu (fig. 2). Logo após, gire o pneu e o force a roda para fora (fig3), usando, se necessário, sabão sobre o talão.

  

• Montagem

  Instruções de montagem

  As operações para montagem praticamente se sucedem de modo contrário em relação à desmontagem. Para remontar o pneu, é útil ensaboar ligeiramente os talões com um pincel passado no sabão úmido (fig. 1). Não usar outros produtos como lubrificantes ou graxas. Antes de iniciar a montagem, é necessário observar o lado de rotação do pneu para colocar a roda pela parte correta. Posiciona-se o pneu com o sentido de rotação correto, e coloca-se a parte interna da roda, apertando, fazendo girar e deixando parado o pneu (fig. 2). Chegando a este ponto, falta colocar o lado interno do pneu. Dobrar a parte interna do pneu, forçando-o para dentro (fig. 3). Coloque a roda com a parte interna para cima, segure a roda e o pneu com uma mão e com a outra force o pneu para dentro (fig. 4).
  
  Para entalonar o pneu na roda, colocar a mesma em posição de marcha e encher a uma pressão maior que a de exercício, 42 a 56 PSI, no máximo, para permitir um rápido enchimento (fig. 5). É útil retirar a válvula (se não foi feito antes) para que após o entalonamento do pneu na roda o ar saia rapidamente, evitando-se assim uma deformação de estrutura do pneu. A parte central da banda de rodagem, que sob pressão pode criar uma deformação, é enrolada com a faixa metálica, que possui um sistema de fechamento; ou com a cinta bem fechada, para evitar o rompimento do tecido e facilitar a aproximação dos talões à borda.
  
  Esta é uma fase muito delicada, pelo risco, não remoto, de exploração da roda. Algumas empresas preparam embalagens de segurança nas quais se coloca a roda em fase de enchimento por alta pressão, sendo capazes de conter os fragmentos de uma possível e indesejável explosão. Em qualquer situação, é indispensável proteger-se com óculos de plástico do tipo segurança e manter o rosto mais afastado possível da roda. Quando o pneu estiver entalonado na roda, recolocar a válvula do enchimento e posteriormente calibrar o pneu com a pressão prevista conforme o tipo de borracha e as condições da pista.

  

• Pressão Interna

  *Pistas com pouca aderência costumam exigir uma calibragem mais alta. Considere inicialmente uma pressão entre 13 e 15 PSI (pneu quente).
  *Já em circuitos muito emborrachados, situação que costuma acontecer quando há muitos karts na pista, é aconselhável o uso de uma calibragem mais baixa (10 a 13 PSI, com pneus quentes).
  *Mudanças na temperatura atmosférica influenciam no comportamento do kart.
  *Pneus de composto mais macio podem exigir uma calibragem mais baixa do que pneus de composto mais duro.
  *O manômetro, utilizado para medir a pressão dos pneus, é um equipamento fundamental para o ferramental de qualquer equipe. Invista em um bom manômetro e evite quedas ou mau uso para que ele mantenha-se em perfeitas condições.

• Temperatura

  Temperatura dos pneus

  *Os pneus de kart são projetados para alcançarem melhores níveis de performance quando a banda de rodagem trabalha em uma faixa de temperatura que varia entre 80 e 95 graus Celsius. O pirômetro é o equipamento indicado para medição da temperatura dos pneus. Vale ressaltar que os ajustes no kart ou adaptações de estilo na pilotagem podem determinar que os pneus trabalhem a uma temperatura estável, potencializando a performance e evitando o desgaste prematuro.
  O tipo, as condições de cada asfalto e as características de cada circuito também influenciam diretamente na temperatura atingida pelos pneus.

• Balanceamento

  O balanceamento do conjunto roda/pneu é um ponto fundamental para se obter o melhor rendimento do seu kart. Rodas desbalanceadas provocam vibrações, desconforto na pilotagem, desgaste excessivo dos pneus e queda de rendimento.
  
  O balanceamento de uma roda de kart é do tipo estático, com o kart sobre um cavalete, sem a utilização de maquina balanceadora. As rodas dianteiras podem ser balanceadas no próprio kart, enquanto as traseiras exigem um suporte. O balanceamento ideal depende do equilíbrio do peso no conjunto, o que pode ser observado quando, após varias rotações, a roda pára sempre em posições diferentes. Utilize chumbo para balanceamento desengraxando bem a roda antes da fixação definitiva.

• Armazenamento

  Esvazie completamente os pneus após um treino ou corrida, evitando assim a deformação resultante do aquecimento da borracha. Muitas vezes um mesmo jogo de pneus é utilizado em mais de uma bateria em um campeonato e isso evita surpresas desagradáveis e mudanças bruscas do comportamento do kart. Os pneus devem ser armazenados em uma caixa ou saco escuro, evitando a claridade.